quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Por Alguém Especial

Que linda tu és
folheada de desejos incomuns
um anjo na terra
uma criança numa ilha coberta por flores
uma mulher também, imersa sobre segredos
segredos bons
doces
maldades sim, maldades humanas
a maldade do amor
do nascer
do sorrir
do viver
sem vergonha de ser feliz
és a minha garota
minha filha, irmã, amante, mulher, amiga
sempre compromissado com teus devaneios
me perco em teus cabelos
deitado sobre teu colo
teu colo que me conforta
que me alegra
assim como tua presença
mesmo longe
distante
desejo-te
me conquistas-te com teu olhar
com tuas palavras
com teu humor infantil
e com tua consciência de mulher
com tua decisão das coisas
com teu abraço que não me sufoca
e que só me traz conforto
talvez um tantinho de medo
mas isso não importa
mergulharei em teu oceano
e nunca perderei o ar quando imerso em tuas águas
pois sou um peixe
um pequeno peixe
mas forte
e perseverante
quando estou perto de ti
dentro de ti
que bom te conhecer
que bom te conhecer

Por entre os caminhos ando...


E entro pela porta dos céus
Na entrada uma menina anjo, com doçura e encanto
Cabelos cheios e sorriso cativante
Guia-me dentre nuvens e neblinas
Leva-me ao encontro de um jovem
Esse não tinha asas, mas não era menos doce
Não era menos paz...
Abre os braços a acolher-me
Leva-me até aquele corredor, aquele mesmo
Perto do jardim das alegrias
O corredor dos bons sentimentos
Me deleito nesse acolhimento
Me sufoco nesses braços
E me perco dentre as nuvens
Sem o receio do perigo
Sem o desejo da volta.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Antepassados Presentes


Eu fui uma índia roubada da tribo
Fui regente de artes
Fui sanfoneira, violeira
Eu fui um canto belo.
Fui mulher do couro
Fui repentista e pé de valsa
Italiana, portuguesa
Escrava!
Fui hippie também
Comerciante, professora
Todas meu passado
Todas meu presente
Tantas e todas, eu fui e sou!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O Canibalismo Contemporâneo


Salve, salve humanidade!
Instintivamente
O se dar tomou dimensões infinitas
Todos se comem
Todos se devoram
Estraçalham os desejos da carne...
O humano sem razão,
Irracional no seu instinto animal.
Sem noção...
Dentro dos olhos fogo
Nos músculos força
Nos dentes fome
Animal acuado
Reprimido
Ah...quanta insanidade!
Sobram marcas
Uma cena canibalista contemporânea.

sábado, 12 de janeiro de 2008


Quanto sentimento é preciso acumular dentro de uma pessoa para que ele extravase as fronteiras da carne, se distribua e se dissipe no ar
Como é possível criar uma armadura para que os mesmos sentimentos não saiam nem pelas brechas dos cantos, nem pelo buraquinho do parafuso frouxo
E como esses sentimentos num simples momento podem sair pelo lugar por onde o ser é decifrado
E como límpido eles saem, rolando pelo rosto, inocente da intensidade do mundo que acaba de ver
E como em um curto tempo ele é arrastado e levado embora, como se nunca tivesse saído daquele ser, para que o mundo não veja que a caixa que o protege pôde em um momento deixar o universo visualizar sua existência
E todos esses sentimentos reunidos começam a explodir aqui dentro, o organismo funciona agora em função deles... e agora o que fazer?
Alguns explodem sem controle, outros permanecem acanhados no íntimo
Alguns riem, outros choram, outros gritam... mas todos me cutucam o tempo todo
Vejo o dia de puro estase, e sensações, e sentimentos, todos eles saindo de mim e alcançando todo o espaço e pessoas
Levado pelos ventos como boas novas, dando asas aos seres, flutuarrr
Chegar ao estado de graça, rodar todos os lugares e voltar
Dessa vez não para a caixa, mas para estação
Estando só de passagem e se renovando a cada dia.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Encontros...


O sol, o sorriso, o som, a brisa
Os amigos, a praia, o mar, o abraço
Os reencontros, as mentiras sinceras
Os desencontros, o riso verdadeiro
As notas, os tons, os timbres, a voz
O pôr, a luz, o novo, o doce
A respiração que causa insônia
A insônia que leva a respiração
Humm...o pão com mortadela e queijo!


Difícil é tentar identificar as coisas antes de conhecê-las
Tão necessário às vezes...
O desconhecido insita a busca
Que às vezes não dá em nada ou dá no que já se conhece
Porém, buscar é a essência do desenvolvimento.
Entra-se numa questão contraditória
Às vezes se deseja tanto que tudo seja perceptível
aos olhos, a mente, a alma...mas as vezes...ah! às vezes
Torna-se tão necessário a busca do obscuro,
A presença dela é responsável pela evolução do mundo!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Freedom...


Porque a virada do ano tem tanto simbolismo se é só a passagem de um dia pro outro como todos os dias do ano?
Não sei...e na verdade não quero nem saber, pois sigo todos os seus simbolismos.

Humm...cada dia sinto mais a liberdade, a simplicidade
Me sinto cada dia mais, e é tão bom...como é bom.
Deixei as mudanças dentro de mim criarem um ser diferente
Talvez não perceptível pros outros, mas tanto pra mim!
Me sinto liberta de tanta coisa, socialmente e humanamente falando
Desprendimento esse que as vezes me assusta
Ocorreu de forma tão rápida e tão sincera
Mas me fez uma pessoa tão melhor, tão sensível as sutilezas do mundo.
E o desprendimento material foi tão essencial pra isso.
Começo a acreditar naquela onda que os "Zens" falam sobre desprendimentos das coisas materiais e o encontro da paz interior...
Será que viro Hippie ou Hare Krishna?
Acho difícil...mas já andei meio caminho...vou viver de luz! Hehehe!


E o que foi ruim se vá, e o que foi bom se prolongue e o que é pra vir que venha!
(Uma das primeiras frases do ano).

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Descansando...

Ver o nascer do sol do primeiro dia...
Ver o pôr-do-sol do primeiro dia...
Extasiante!
E quando a gente faz o que deseja
ainda é chamado de maluco! Rs
Breve mais...